quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Minha flor



De todas as flores que cultivo em meu jardim,
A mais bela depois de tanto tempo olhou pra mim.
Sempre tive uma admiração maior por ela,
Tinha um cuidado maior ao tratá-la,
Não podia tocá-la,
Não ainda, deveria esperar o momento certo,
Era especial.

Irradiava sua beleza pelos campos,
A luz temia em tocá-la gentilmente,
Causando aquele momento que deveria durar para sempre.

Diante das outras não se fazia de rogada,
Mostrava elegantemente
Toda sua silhueta encorpada,
Seu brilho incandescente,
Sua simplicidade exaltada.

Em meio a raios de sol toquei a minha flor,
Pela primeira vez a vi fora do jardim,
Pude esticar o braço e senti-la,
O seu perfume exalava por entre meus dedos,
Queria guardá-lo para mim,
Poder senti-lo sempre que quisesse.

Mas mesmo assim tenho seu perfume incorporado,
Toda vez que fecho os olhos posso senti-lo.
Posso senti-la!

Novamente minha flor voltou para o jardim.

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