Primeira vez
Foi uma tarde de março,
um dia de sol,
de ventos fracos
e poucas pessoas na rua.
Foi uma sexta-feira,
em um banco de madeira.
Ela tinha os cabelos soltos,
e sorria.
Foi um segundo começo,
mas era tudo novo,
foi a primeira vez,
mas com um ar de reconhecimento.
Foi como um dejá-vu,
uma aminésia que ia embora,
foi a primeira vez,
mas como se eu soubesse exatamente como ia ser.
Foi como se eu adivinhasse cada movimento futuro,
sabia antes de provar, o gosto de tudo,
conhecia sem conhecer cada detalhe,
já havia sentido o prazer daquele encanto.
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