segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Manhã de segunda



Deixo o sol entrar,
o calor não me deixa mais dormir,
amanheceu.

Ouço o que há para se ouvir numa manhã de segunda,
liquidificadores que trabalham,
rádios que dão as últimas notícias,
passos apressados para não perder o ônibus.

Hoje não preciso sair,
me recolherei a minha própria insignificância.
Minha falta não será notada,
os olhos que me veem todos os dias passarão
e o vazio que eu costumo preencher não será percebido.

Levanto-me já,
o sol começa a entrar pelas frestas do telhado
e atinge meu rosto.
Não sou capaz de continuar a dormir enquanto a natureza trabalha.

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