segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Soldados vindo do norte com a missão de destruir uma vila de camponeses

Os soldados vêm marchando lá do norte,
Onde os dias duram meses
E as casas são de algodão.

De longe se sente o cheiro da morte,
E aqui faz um frio que às vezes
Nos congela o coração.

E quem sabe com um pouco de sorte,
Os sonhos dos camponeses
Se realizarão.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

O exército americano invadiu o Brasil!

O exército americano invadiu o Brasil!
É um tal de hot dog, fast food, play, start...
Coisa que antes nunca se viu!

O exército americano invadiu o Brasil!
Trouxe com ele o Rambo, o G.I Joe e o Playmobil.

O exército americano invadiu o Brasil!
Oh My God, Let's go! Grita a menina
Ao som de fuzil.

O exército americano invadiu o Brasil!
Trouxe seu lixo eletrônico,
De fornecedor feroz,
Escondidos em máquinas de xerox.

O exército americano invadiu o Brasil!
Exército de língua armada até os dentes,
De dólar barril,
Petróleo presidente.

Good morning, criatura!
Ninguém mais corre atrás do balão que caiu,
Estão cegos e sem a cura
Pro exército americano que invadiu o Brasil.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Momentos de depressão

E esse buraco que aparece a tal hora dentro de meu peito?
Logo quando mais preciso, não te tenho!
O que eu faço agora?
Preciso saber!

Sei que não é necessária muita preocupação,
Essas depressões momentâneas temem em aparecer de tempo em tempo,
Já devia estar acostumado...
Mas não, não me acostumo, porque não gosto de senti-las.

Vulgarmente espero ela ir embora,
Deixo o tempo ir passando,
Lavando meu interior.

Confesso minha dependência,
Mas longe de mim ser importuno,
Só queria um segundo,
Um olhar...

Meu caro Romeu

Queria entender Kant, Mallarmé e Alfredo Bosi
E ter em minha posse
O saber filosofal.

Seria bom ser como as múmias,
Ter mil anos e estar intacto.
Andar sobre as nuvens,
Ia ao diabo e fazer um pacto
De dar minha alma em troca
de um coração judeu.
Coração que pode amar
Como um dia amou Romeu.
Pobre Romeu, amou tanto a Julieta,
Até fingiu que morreu,
Mas seu plano não deu certo.
É... o amor é um caso sério.

Digo isso porque amo,
Amo tanto e é tão díficil
Suportar todo esse peso.
O amor é um sacríficio!

É meu caro Romeu,
Encontrei um amor
Que posso chamar de meu.

Tempos da aurora

Dai-me um tempo criatura,
Esqueça dessa vida dura.
Tudo o que deseja
Que se cumpra.

Impossibilidades e desventuras
De uma vida de marasmo
Banhada à leituras
De um mundo que nos cerca
E nos cerra a cabeça.

Sou lâmina cega nesse jogo,
Corto você em partes de um todo
Para guardar só de lembrança,
E quem sabe quando voltar a ser criança,
Em alguma regressão eu me lembre de você
E encha o coração de desconhecido prazer.

Mais um pouco é o que eu peço
Só uns segundos para terminar esses versos.
Apesar de não precisar pensar muito,
Eles vêm soltos e os colo sem ordem
Como um dadaísta em um delírio criativo.