segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Eu não sou poeta

Não!
Eu não sou poeta!
Sou apenas uma criança
Com umas folhas em branco
E divagações que possam enchê-las.

Não!
Eu não sei rimar!
Não sei ser sensível,
Não sei contar sílabas,
Não sei o que é versar.

Não!
Eu não sou poeta!
Se porventura faço alguns versos,
É porque quero me livrar do que me aflinge
Ou exaltar o que me alegra.

Não!
Eu não sou molde
De uns conceitos antigos,
Ultrapassados,
De poetas frustrados
Que se acabam em seus versos
E se destróem em seus copos
Sucumbidos pelos vícios
E pelas mágoas do ofício
Que não os trouxe glória alguma.

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