Tudo começou com um sonho.
Meus pensamentos seguiam um rumo
Diferente do previsto.
Meu corpo parado só observava.
Interiormente,
A mente, que mantinha um voo longo.
Perdido.
Diante do espelho
Meus olhos se encaravam,
Calados.
Acometidos por um súbito desespero
Eles então gritaram,
Dilatados
Em púpilas negras.
terça-feira, 29 de junho de 2010
sábado, 26 de junho de 2010
Um pequeno ar de inspiração
Agora sentado aqui me vem um pequeno ar de inspiração.
Já passam das onze da noite,
A música ecoa do som do vizinho, estridente.
Minha música pouco diz, pois pouco a ouço;
Nem mais lembrava de a estar ouvindo.
Há um som de sono que reina nessa casa,
Todos dormem,
Apenas eu acordado,
Sentado frente à tela desse computador
Em que escrevo.
Sou um tanto quanto contemporâneo,
Moderno,
Antigo em alguns aspectos que me fazem mais moderno ainda.
Sou estranho à forma correta do mundo me ver.
Meu ar de inspiração se vai com o fim da canção
Que cantarolo sem preocupação
E medo de ferir em qualquer proporção
Que seja, o belo coração da menina
Em que, incessantemente, passo meus dias a pensar.
Já passam das onze da noite,
A música ecoa do som do vizinho, estridente.
Minha música pouco diz, pois pouco a ouço;
Nem mais lembrava de a estar ouvindo.
Há um som de sono que reina nessa casa,
Todos dormem,
Apenas eu acordado,
Sentado frente à tela desse computador
Em que escrevo.
Sou um tanto quanto contemporâneo,
Moderno,
Antigo em alguns aspectos que me fazem mais moderno ainda.
Sou estranho à forma correta do mundo me ver.
Meu ar de inspiração se vai com o fim da canção
Que cantarolo sem preocupação
E medo de ferir em qualquer proporção
Que seja, o belo coração da menina
Em que, incessantemente, passo meus dias a pensar.
Numerais
Por duzentas e quinze vezes eu ameacei beijar teu pescoço durante o abraço longo. Você pela segunda vez tentou se soltar, mas um magnetismo louco te colava a mim. Eu não sei o que houve com o mundo lá fora - a sirene irritante da ambulância diminuiu o volume e as crianças pararam de tagarelar. Nenhuma voz. Apenas eu te dizia em silêncio o catálogo de sensações que você me provocava. Te apertei com uma intensidade maior, enquanto me alongava para o abraço encaixar perfeitamente. Ali - a partir da minha respiração ofegante em teu pescoço e meu coração louco pulando agora em teu peito - notei meu nervosismo. Tremi ligeiramente com a brisa gelada que acabou por levar cabelo à minha boca. Você acariciou meu rosto com delicadeza, ainda me recordo. Se havia ainda algum centímetro separando nossos corpos, você o preencheu nesse momento, com um novo enlaçar da minha cintura.
Tudo durou aproximadamente seis segundo: o tempo que você levou para ver seu ônibus ali parado. Se despediu já de costas. Não deu nem tempo de ver meu sorriso desapontado, de menina que vai chegar em casa e se lamentar por não ter beijado seu pescoço em nenhuma das duzentas e quinze aspirações.
quinta-feira, 24 de junho de 2010
Dias tortos / Refeição
Eu
Ando
Meio
Torto
Esses dias.
Tenho
Ido
No
Contrario
Do mundo.
Misturando
Inteligência,
Lama
E uma
Pitada
De pimenta.
Num
Cálice
Que derramo
Vinho
E rego
As plantas.
Que acompanham
Uma estrela
Como
Entrada
Da refeição.
Ela
Como
Prato
Principal.
E uma
Nuvem
De sobremesa.
Ando
Meio
Torto
Esses dias.
Tenho
Ido
No
Contrario
Do mundo.
Misturando
Inteligência,
Lama
E uma
Pitada
De pimenta.
Num
Cálice
Que derramo
Vinho
E rego
As plantas.
Que acompanham
Uma estrela
Como
Entrada
Da refeição.
Ela
Como
Prato
Principal.
E uma
Nuvem
De sobremesa.
Sonhar
Se posso, enfim, deitar,
Por que não sonhar?
Por que não viajar
Nas asas de um sonho fantástico?
Daqueles que levam noites inteiras
Entre lampejos de despertares.
E são intensos. E tão vulgares,
Da ótica de um leitor mais pudico.
Eu sonho como se tudo o que houvesse
Fosse o sonho que me aquece
E me estremecem os nervos.
Por que não sonhar?
Por que não viajar
Nas asas de um sonho fantástico?
Daqueles que levam noites inteiras
Entre lampejos de despertares.
E são intensos. E tão vulgares,
Da ótica de um leitor mais pudico.
Eu sonho como se tudo o que houvesse
Fosse o sonho que me aquece
E me estremecem os nervos.
terça-feira, 22 de junho de 2010
Uns versos soltos
Introspectivamente semelhante ao meu distante.
Distantemente introspectivo ao meu semelhante.
Semelhantemente distante de um introspectivo
Estado de linhas cruzadas
Que sussurram em meu ouvido
Frases de célebres pensadores.
Catadores de lixo orgânico,
Poetas de versos soltos,
Temerosos da crítica alheia,
Por seus metros tortos.
Rodeiam-me a estética e a forma,
Afugentado junto-me à corja
Libertando-me da rima presa
E versando com pouca beleza.
Distantemente introspectivo ao meu semelhante.
Semelhantemente distante de um introspectivo
Estado de linhas cruzadas
Que sussurram em meu ouvido
Frases de célebres pensadores.
Catadores de lixo orgânico,
Poetas de versos soltos,
Temerosos da crítica alheia,
Por seus metros tortos.
Rodeiam-me a estética e a forma,
Afugentado junto-me à corja
Libertando-me da rima presa
E versando com pouca beleza.
segunda-feira, 21 de junho de 2010
Banho dos deuses
A multidão passeia
Pelos olhos dos que voam
Nos ônibus que levam embora,
Os amores que se vão.
Os deuses entornam
Uma taça de tinto vinho,
Sobre o mar
E cantam!
Os deuses descem a Terra
E nadam nesse mar.
Bebem de sua água,
Transcendendo sua consciência.
Minha mente verte imagens
Em cores vivas,
Tateadas em alto relevo.
As imagens dos deuses vivos.
Pelos olhos dos que voam
Nos ônibus que levam embora,
Os amores que se vão.
Os deuses entornam
Uma taça de tinto vinho,
Sobre o mar
E cantam!
Os deuses descem a Terra
E nadam nesse mar.
Bebem de sua água,
Transcendendo sua consciência.
Minha mente verte imagens
Em cores vivas,
Tateadas em alto relevo.
As imagens dos deuses vivos.
sexta-feira, 18 de junho de 2010
Aquela garota
É a verdade que assombra a sua falta de amor,
É o tormento pelo descaso da falta de dó,
Daquela garota que te tira o suor
E te descasca feito batata. E a maior?
Ela diz na sua cara que te enrolou
E deu um nó
Pra te amarrar.
É o tormento pelo descaso da falta de dó,
Daquela garota que te tira o suor
E te descasca feito batata. E a maior?
Ela diz na sua cara que te enrolou
E deu um nó
Pra te amarrar.
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Viagem às montanhas
Pedalando para movimentar as engrenagens da mente,
Verto em cores ferozes o que vejo.
Terceiras intenções de garotas sujas,
Dimensionando seus corpos vorazes.
Fritando os neurônios como alimentos
Em movimentos lentos.
Perdendo o tempo nas nuvens,
Passeando por sobre o céu.
E pedalando em direção do sol,
Pelo caminho mais curto.
Por trás das montanhas verdes claras,
Um caminho pra outro mundo.
Uma viagem além das montanhas,
Além de minha mente.
Verto em cores ferozes o que vejo.
Terceiras intenções de garotas sujas,
Dimensionando seus corpos vorazes.
Fritando os neurônios como alimentos
Em movimentos lentos.
Perdendo o tempo nas nuvens,
Passeando por sobre o céu.
E pedalando em direção do sol,
Pelo caminho mais curto.
Por trás das montanhas verdes claras,
Um caminho pra outro mundo.
Uma viagem além das montanhas,
Além de minha mente.
domingo, 13 de junho de 2010
Memórias
Perdidas em ilusões de um mundo vasto,
Soterradas sob uma torrencial de pensamentos
Esquecidos.
Afogadas em lembranças de um passado
Não tão distante,
Mas que ficou para trás.
Soterradas sob uma torrencial de pensamentos
Esquecidos.
Afogadas em lembranças de um passado
Não tão distante,
Mas que ficou para trás.
quarta-feira, 9 de junho de 2010
Fricativo oclusivo
Velhas virgens deslumbrantes
Vultos vindo de avante
Vendo vértices desestimulantes
Vastos ventos de cenários
Vagos vocábulos dicionário
Veste versos deletérios
Vãos venenos de crentes
Vazios vorazes descrentes
Vertendo visgo de gente
Violenta verdade deficiente.
Vultos vindo de avante
Vendo vértices desestimulantes
Vastos ventos de cenários
Vagos vocábulos dicionário
Veste versos deletérios
Vãos venenos de crentes
Vazios vorazes descrentes
Vertendo visgo de gente
Violenta verdade deficiente.
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