sexta-feira, 22 de março de 2013


carregando os maiores clichês em suas pálpebras
os olhos se fecham, desapercebidos
do bater à porta
em seu ritmo
de repeteco
do mesmo sonho
da noite anterior.

mas dessa vez não vem em sonho
o tribunal em que a morte julga
o mais medonho
e hediondo
dos crimes de deus.

eu fecho os olhos
pois tenho sono
e não mais regulo o pensamento
e não mais me mostro o mais afoito.

toco na mão dos anjos
que me observam
e me esperam.

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