sexta-feira, 6 de maio de 2011

Eu fervo

Eu fervo
nos espasmos contínuos
do bater dos corpos,
embolados,
amarrados
pelos fios dos cabelos
que se soltam pela cama
e pregam na pele.

Eu fervo
com as mãos que em mim passeiam
e com a boca que tanto anseio
junto ao ouvido
soltando suspiros,
soprando gemidos,
gritando!

Como são belos os gritos de prazer de uma mulher.
Quando invadem a casa inteira
e me invadem por inteiro.

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