À margem,
sentado no alto do muro do tempo,
sozinho;
Sentindo arrepios trazidos no vento
e no gelado
do vinho.
segunda-feira, 27 de junho de 2011
sexta-feira, 10 de junho de 2011
vertendo
vertendo
a ordem sintática
em traços
desconexos
da linguagem.
vertendo
a linguagem
em desordem
sintática
desconexa.
terça-feira, 7 de junho de 2011
Preto no branco
branco sofá branco
chão branco sofá
branco chão branco
sofá branco chão
branco branco branco
parede
branco
sofá
chão
preto escuro preto
cinzas preto mosca
preto cinzas preto
mosca preto cinzas
escuro mosca preto
extremo
Afogado
Calo a boca
em frente ao mar,
tiro os sapatos,
piso a areia.
Calo os olhos
do piscar,
fito o horizonte,
sinto as ondas.
Calo a vida em meu peito
no caminhar
mais ao fundo,
ao centro do mundo.
segunda-feira, 6 de junho de 2011
Esmola
Quem dorme tranquilo do outro lado do mundo não imagina que nesta esquina do Centro existem crianças pedindo emola para comer.
Não imagina
que em cada esquina
existe uma criança
pedindo esmola
para comer.
Em todas as esquinas do mundo existem crianças que pedem esmola para comer.
São tantas as crianças
que pedem esmola
para comer.
São tantas esquinas
que ninguém vê.
É tanta fome
que ninguém sente.
Há pouca preocupação,
pouca educação,
pouca comida
para essa gente,
para estas crianças
que nas esquinas,
(São tantas que ninguém imagina!),
pedem esmola
para comer.
sexta-feira, 3 de junho de 2011
Crise alérgica
Nesta manhã a poeira é mais visível
e ao percebê-la com os olhos
logo identifico-a com a narinas,
já avermelhadas por fora
e úmidas por dentro,
brindando o nascer de um novo dia
com um belo espirro,
espalhando pelo quarto toda a satisfação
de uma crise alérgica.
O sol
A cortina fechada
impede de entrar em casa
o sol de quase nove da manhã.
Este sol ilumina o lá fora,
ajudante das donas de casa,
estendendo roupas nos varais vizinhos,
e dos banhistas aventureiros
que na quarta-feira
driblando a rotina,
emergem da areia branca
e da água azul e calma
de uma praia de Salvador.
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