Da Maria fumaça
nem o barulho ficou,
mas sobrou a imagem
dos vagões intermináveis
cortando o tempo
que não pensa em passar
em algum fim de semana.
Do apartamento no Rio,
cada espaço ainda é vivo.
As lembranças dos quadros,
os móveis,
as festas...
O coração
(o mesmo de hoje)
a bater infantil
com surpresas benvindas,
sempre com o mesmo perfume,
exalando no ar,
na casa inteira em cada canto
em cada conto que relembro
e conto.
Do passado ficou o passado,
nunca esquecido
sempre relembrado
em tardes de outono,
tristes como essa.
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