Grite em meu ouvido
loucuras de um fervor
nas veias
com sangue em ebulição,
quente
do toque em que te envolvo rente
ao corpo que ao teu corpo explora
o ventre.
Revire seus olhos
e suas órbitas
como as órbitas dos planetas
que lançam estrelas
cadentes,
às quais faço pedidos
e desejos,
de seus desejos
que realizo.
Rasgue-me a carne
e me engula
por inteiro
e me mate,
pois só morto
minhas mãos
não estarão em você.
Por fim, crave suas unhas em minhas costas,
crave suas pernas nas minhas,
crave o seu corpo em meus braços
me brindando com sua forma mais pura de prazer,
para que nossos corpos,
enroscados,
vejam mais um dia nascer.
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