Escondo sob o meu silêncio
um bater de sinos
lá longe
que vem
não sei de onde,
talvez de lugar algum;
talvez não existam os sinos,
talvez seja um sonho,
mas meus olhos estão abertos
e a janela também está.
Está escuro
e nada vejo;
nem ao menos as horas
que me passam despercebidas
e os anos
que me empurram ao abismo
da velhice precoce,
do cansaço
e do esquecimento.
Talvez aqueles sinos
sejam só para mim,
sem nenhum destino,
mais perto do fim.
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