Os sorrisos me enchem a face
Quando meus olhos tocam o corpo que está ao meu alcance
Nessas noites em que reina o calor
Entre mãos que se enroscam no cabelo,
Juras eternas de amor
E tambores que soam timbres ritmados
De batidas cardíacas.
Já me vejo ultrapassado
Reinando no ultraje de tentar
Transformar o que te sinto
Em palavras,
Mas tenho essa necessidade urgente
De te fazer algo bonito,
E dentro de mim, pulsante,
Corre nas veias um sangue
De imitador de poeta
Apaixonado.
Escrevo nesses poucos versos
Tudo o que gostaria de gritar
Da sacada de algum prédio
Ou da janela do meu quarto
(Agora escuro e ventilado)
Nessa noite comum de março
De fim de carnaval.
Gritaria e seria ouvido,
E as palavras iriam pelo vento
Até entrar pela sua janela
Invadir o seu ouvido,
O seu sonho,
O seu mundo!
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