sexta-feira, 28 de maio de 2010

A chama da vela

A chama da vela dança,
Dança desritmada
Sua valsa contemporânea
De passos tortos
E delirantes.

A chama da vela segue
O vento que quase a apaga
E a faz tremer
Pavorosa de esvair-se em fumaça.

Agora fecho o caderno
Tiro os óculos
E olho a vela.
Sua chama é minha única luz.

Deito na cama,
Cubro meu corpo
E sopro a vela.
A um ponto na escuridão ela me reduz.

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