Partiu de dentro de mim essa novidade,
Esse descontrole desenfreado,
Uma descontinuidade de pensamentos avulsos,
Embalados pelo descompasso do bater do coração,
Que batuca adoidado,
Uma canção de amor do Arnaldo, o Antunes.
Começou como uma simples sonoridade,
Uma voz ao longe,
Como um canto de sereia,
Hipnotizante.
Mudou para um olhar,
Que me sorria ao brilhar.
E eu pulava, espamava.
Me sentia um livro aberto,
Prestes a ser engolido por aqueles olhos.
O que eu mais queria era ser engolido,
Mas como sou um tanto polido,
Meu maior pedido,
Foi um beijo no ouvido,
Seguido de um estalo e um arrepio.
E de longe vem ela,
Com aquele contorno magestoso
E passos que paressem levá-la ao paraíso.
A luz do sol,
O vento,
As gotas d'água que voam dos irrigadores,
Parecem efeitos manipulados pela natureza,
Para que sua beleza,
Já tão exaltada,
Livre nossa mente de todos os horrores.
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