No mesmo lugar
Todos os dias.
Em dias chuvosos,
Ou no sol do verão
O mesmo caminho
É feito até lá.
As mesmas escadas,
O mesmo ar,
As mesmas pessoas
Que não cansam de olhar
A rotina intacta
Dela, que às três e meia
Já está ali a esperar.
O que ela espera,
Não se sabe.
Trás consigo um saco cheio de roupas,
O mesmo saco e as mesmas roupas.
As estende no banco,
No banco que não há quem ouse sentar,
E então se senta ao lado
E ali, parada fica,
Com um foco não se sabe onde,
Através de um óculos embaçado,
Que parece não servir de nada,
Pois o seu olhar está no passado,
Nas lembranças que para sempre ficaram
E ainda a faz sorrir.
Cara, a rotina muitas vezes é um saco. Mas escrever sobre ela pode ser bem bacana
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