Não!
Eu não sou poeta!
Sou apenas uma criança
Com umas folhas em branco
E divagações que possam enchê-las.
Não!
Eu não sei rimar!
Não sei ser sensível,
Não sei contar sílabas,
Não sei o que é versar.
Não!
Eu não sou poeta!
Se porventura faço alguns versos,
É porque quero me livrar do que me aflinge
Ou exaltar o que me alegra.
Não!
Eu não sou molde
De uns conceitos antigos,
Ultrapassados,
De poetas frustrados
Que se acabam em seus versos
E se destróem em seus copos
Sucumbidos pelos vícios
E pelas mágoas do ofício
Que não os trouxe glória alguma.
Nenhum comentário:
Postar um comentário