Não me conheça,
Deixe que meus cigarros,
Por meus óculos,
Me descreva
Deixe que minha tosse
Em meu afago
Se desgaste
E gaste o tempo necessário
Para que eu possa, enfim,
Morrer
Deixe que as luzes se apaguem;
E o vento,
Em fúria de tornados;
Deixe-o entrar pelas janelas
Trazendo o gosto da chuva fina.
Polpa da vida derramada sobre mim.
Eu que sou fruta podre na prateleira
À espera de que me joguem fora.
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