sexta-feira, 2 de julho de 2010

Calam-se as faces

Calam-se as faces!
Elas, estáticas, não mais transparecem
O que se sente.
São mortas.
De sorrisos, são mortas.
De lágrimas, são mortas.

Os olhos, enuviam-se.
São negros, grandes.
E param. Em um ponto distante
E não saem mais de lá.

Observam-se ao longe
As cores do céu,
Brilhando azul,
Sobre uma terra,
Pros lados do sul.

Aqui tudo é cinza,
Empoeirado,
Frio como os corpos que nos cercam.

Silêncio.
Nossa voz não ecoa.
Me calo.

Um comentário:

  1. Depois de uma parada por conta da Copa, tô de volta lendo e comentando

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